O Lívio, do Bloody Pop, acabou com minha vida. Pelo menos com uma noite, que me fez passar em claro vasculhando as entranhas do meu iPod, buscando velhas listas do Scream & Yell, revendo clipes toscos no Youtube e quebrando a cabeça pra montar a minha lista de 50 melhores músicas nacionais da década. É que o blog dele, junto com o Move That Jukebox e a revista O Grito estão chamando pessoas pra mandarem suas listas e formar o ranking final que toda a nação indie brasileira está esperando depois da overdose de listas gringas.
Foi tão trabalhoso e divertido que eu resolvi ressucitar o Ortegópolis pra postar as minhas músicas - em ordem decrescente, pra aumentar a emoção. Com certeza eu esqueci um monte de coisa e cometi várias injustiças terríveis (desculpas adiantadas aos artistas magoados). A lista final do Bloody Pop deve sair até o fim do ano. Tem uma de discos também, depois eu conto a minha.
50. "I trust my dealer" - Montage
49. "My favorite way" - Black Drawing Chalks
48. "I was born in the 90's" - Mickey Gang
47. "Odeio" - Caetano Veloso
46. "Seguindo estrelas" - Paralamas do Sucesso
45. "Confesso que errei" - Rockz
44. "Unidos do caralho a quatro" - Hermes e Renato
43. "Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro" - Wander Wildner
42. "Você pode ir na janela" - Gram
41. "Cachaça" - Vanguart
40. "O mais vendido" - Mombojó
39. "Compacto" - Curumim
38. "Jhenny Paula" - Os Pedrero
37. "Copacabana" - Móveis Coloniais de Acaju
36. "União Soviética" - Réu e Condenado
35. "Pra matar a fome" - Lasciva Lula
34. "Fale mal de mim" - Autoramas
33. "O mundo é bão, Sebastião" - Nando Reis
32. "Não sei jogar" - Astromato
Shame on You, Tube
31. "Pareço moderno" - Cérebro Eletrônico
30. "#1" - Monno
29. "Let's make love and listen death from above" - CSS
28. "Brand new start" - Little Joy
27. "Malevolosidade" - Superguidis
26. "Agridoce" - Pato Fu
25. "Baranga" - João Brasil
24. "Office boy" - Bonde do Rolê
23. "A Marchinha psicótica de Dr. Soup" - Júpiter Maçã
22. "Fama de putona" - Tati Quebra-Barraco
21. "O rock acabou" - Moptop
20. "(vo)C" - Video Hits
19. "Bonde da orgia de travecos" - U.D.R.
18. "A flor" - Los Hermanos
17. "Melô das Musas" - Mundo Livre S/A
16. "Melissa" - Bidê ou Balde
15. "Tchubaruba" - Mallu Magalhães
14. "Na sua estante" - Pitty
13. "Primeiro de agosto" - Transmissor
12. "Meu maracatu pesa uma tonelada" - Nação Zumbi
11. "Sentimental" - Los Hermanos
10. "Baba" - Kelly Key
9. "Assinado eu" - Tiê
8. "Rap das armas" - Cidinho e Doca
7. "Anormal' - Pato Fu
6. "Matemática" - B5
5. "Mesmo que mude" - Bidê ou Balde
4. "Deixe-se acreditar" - Mombojó
3. "Sexperienced" - Cachorro Grande
2. "Semáforo" - Vanguart
1. "Último Romance" - Los Hermanos
domingo, 29 de novembro de 2009
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Ortegópolis, cidade devastada
Prezado visitante, visite-me no Pílula Pop. Agora minha existência blogspótica no mundo se resume ao Ort_folio.
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Lançamento! Cases de Infortúnio
2008 é o ano dos blogs de Mp3. No inferno, as pessoas se sentam em baias e compartilham cases de sucesso. Fazer coletâneas é a atividade musical mais divertida do mundo para quem não tem talento musical. Que direito esse cara tem de mexer no meu queijo? Ouvir música é melhor que trabalhar.
A conexão dessas frases desconexas aí de cima gerou o maior lançamento da história de Ortegópolis:
(pausa para o estouro de fogos, o desfile de malabaristas e elefantes, champanhes pipocando e fazendeiros jogando o chapéu pra cima)
é o álbum-coletânea Cases de infortúnio! Nesta obra, o dia-a-dia do trabalhador de escritório e contado ao som dos belos acordes de grandes bandas brasileiras e gringas. Aqui está o LINK PARA O DOWNLOAD DO DISCO. A tracklist está abaixo:
1. Welcome to the working week - Elvis Costello
2. Mais um dia de cão - Superguidis
3. 2000 Man - Rolling Stones
4. A well respected man - The Kinks
5. Funcionário do mês - Réu e Condenado
6. Nada pra Fazer - Cachorro Grande
7. Fitter Happier - Radiohead
8. Ghost of a corporate future - Regina Spektor
9. Longo Karma - Violins
10. Preciso me encontrar - Cartola
11. I gotta move - Ben Kweller
12. Sessão da Tarde - Carbona
13. Paris - Friendly Fires
14. O Sol Nascerá - Cartola
A conexão dessas frases desconexas aí de cima gerou o maior lançamento da história de Ortegópolis:
(pausa para o estouro de fogos, o desfile de malabaristas e elefantes, champanhes pipocando e fazendeiros jogando o chapéu pra cima)
é o álbum-coletânea Cases de infortúnio! Nesta obra, o dia-a-dia do trabalhador de escritório e contado ao som dos belos acordes de grandes bandas brasileiras e gringas. Aqui está o LINK PARA O DOWNLOAD DO DISCO. A tracklist está abaixo:
1. Welcome to the working week - Elvis Costello
2. Mais um dia de cão - Superguidis
3. 2000 Man - Rolling Stones
4. A well respected man - The Kinks
5. Funcionário do mês - Réu e Condenado
6. Nada pra Fazer - Cachorro Grande
7. Fitter Happier - Radiohead
8. Ghost of a corporate future - Regina Spektor
9. Longo Karma - Violins
10. Preciso me encontrar - Cartola
11. I gotta move - Ben Kweller
12. Sessão da Tarde - Carbona
13. Paris - Friendly Fires
14. O Sol Nascerá - Cartola
segunda-feira, 24 de março de 2008
Um distrito de Ortegópolis
Foi inaugurado ontem o Videópolis, primeiro distrito de Ortegópolis, na região sul do site Laboratório Pop. Na festa de lançamento rola batata frita, bolo de chocolate, gelatina de morango e aquela baixista dos Pixies comendo tudo e ainda cantando funk.
quinta-feira, 13 de março de 2008
OrtEgo
Aí eu tava no tal lugar em que ia ter a palestra do Punk Marketing, e quem aparece pra falar comigo? A tia do Ego!
Ou a tia provou mais uma vez sua falta de noção com uma foto completamente nada a ver ou eu finalmente virei alguém na noite.
Primeira opção, dedos!
Ou a tia provou mais uma vez sua falta de noção com uma foto completamente nada a ver ou eu finalmente virei alguém na noite.
Primeira opção, dedos!
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Nostalgia parte 2 - Chilindrina
Eu já tive uma banda. Ainda tenho uma banda, eu acho. Claro que hoje sinto auto-vergonha-alheia só de olhar para a guitarra debaixo da cama, e nunca vou "marcar um ensaio" de novo. Mesmo assim, se alguém usar aquele truque sujo de perguntar coisas rápido para responder o que vier na cabeça e no meio disso enfiar "como é o nome da sua banda?", eu respondo "Chilindrina".
Lembro de deitar na cama à tarde, depois das aulas do primeiro ano, e pensar "MEU DEUS, que coisa incrível, eu tenho uma banda, isso é surreal". Além de escolher o repertório, eu gostava de escolher o futuro: na última folha do meu caderno tinha uma linha do tempo imaginária da banda, com todos os passos que estariam descritos em uma biografia futura, como "encontro com o cara de uma gravadora" e "lançamento do primeiro disco". Claro que nada disso aconteceu, e hoje os itens mais memoráveis da biografia seriam "incitar a balbúrdia no colégio em um show no recreio", "gastar uma fortuna incrível, tipo os últimos 10 reais no bolso de cada um, para gravar no estúdio" e "entrar para a faculdade e parar definitivamente com a banda".
***
Resgatei essa história como pretexto para lançar o primeiro clipe da Chilindrina, que nunca tinha sido visto fora do meu computador. A música se chama "Madruga", é instrumental e faz parte do primeiro EP da banda, de 1999, mais conhecido como "aquele com um cachorro no cenário do Chaves na capa".
Lembro de deitar na cama à tarde, depois das aulas do primeiro ano, e pensar "MEU DEUS, que coisa incrível, eu tenho uma banda, isso é surreal". Além de escolher o repertório, eu gostava de escolher o futuro: na última folha do meu caderno tinha uma linha do tempo imaginária da banda, com todos os passos que estariam descritos em uma biografia futura, como "encontro com o cara de uma gravadora" e "lançamento do primeiro disco". Claro que nada disso aconteceu, e hoje os itens mais memoráveis da biografia seriam "incitar a balbúrdia no colégio em um show no recreio", "gastar uma fortuna incrível, tipo os últimos 10 reais no bolso de cada um, para gravar no estúdio" e "entrar para a faculdade e parar definitivamente com a banda".
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Resgatei essa história como pretexto para lançar o primeiro clipe da Chilindrina, que nunca tinha sido visto fora do meu computador. A música se chama "Madruga", é instrumental e faz parte do primeiro EP da banda, de 1999, mais conhecido como "aquele com um cachorro no cenário do Chaves na capa".
Nostalgia e camisas de flanela digitais
Hoje resolvi fazer uma pilha com todos os meus CDs e transformar um por um em arquivos mp3. Já planejava isso há alguns meses, quando consegui um desses tocadores portáteis que, graças a um pacto com o diabo, conseguem guardar uma quantidade absurda de músicas. Outro motivador importante foi o fato de eu simplesmente não conseguir mais ouvir um disquinho aqui em casa - todos os CD players pifaram.
Os discos mais antigos e empoeirados me fizeram sentir aquela nostalgia da adolescência. Eles são, em geral, da Fase Grunge, que foi mais ou menos minha primeira grande fase musical (a segunda foi a Fase Britpop e a terceira foi a Fase Sortidos, que dura até hoje).
A trilha durante o trabalho arqueológico foi Live on Two Legs, disco ao vivo do Pearl Jam, de 1998. Adoro a falta de vergonha deles em serem "homens que assistem futebol americano na TV tomando cerveja mas não têm medo de demonstrar suas emoções" e se arriscarem naqueles hinos roqueiros que eu não ouvia há tanto tempo.
Parece que isso é só o começo. Agora eu carrego vários gigas de nostalgia no bolso. E já que segunda de manhã vem aí, estou pensando se esse retorno à adolescência me dá o direito de voltar a usar roupas esfarrapadas e falsificar atestados médicos para poder dormir até mais tarde.
Os discos mais antigos e empoeirados me fizeram sentir aquela nostalgia da adolescência. Eles são, em geral, da Fase Grunge, que foi mais ou menos minha primeira grande fase musical (a segunda foi a Fase Britpop e a terceira foi a Fase Sortidos, que dura até hoje).
A trilha durante o trabalho arqueológico foi Live on Two Legs, disco ao vivo do Pearl Jam, de 1998. Adoro a falta de vergonha deles em serem "homens que assistem futebol americano na TV tomando cerveja mas não têm medo de demonstrar suas emoções" e se arriscarem naqueles hinos roqueiros que eu não ouvia há tanto tempo.
Parece que isso é só o começo. Agora eu carrego vários gigas de nostalgia no bolso. E já que segunda de manhã vem aí, estou pensando se esse retorno à adolescência me dá o direito de voltar a usar roupas esfarrapadas e falsificar atestados médicos para poder dormir até mais tarde.
sábado, 23 de fevereiro de 2008
Kinks, Juno e os homens respeitáveis
Acabei de voltar de três dias em um "encontro de equipe" do trabalho. No meio de discursos e dinâmicas constrangedoras sobre "foco no resultado" e essas coisas, acabei ouvindo uma boa historinha sobre o mundo corporativo (oh!), na trilha do filme Juno ,ontem de manhã. Assim como os diálogos do filme, a trilha é cheia de pérolas doces e ácidas. Além das músicas da Kimya Dawson, que são maioria, também gostei das faixas que a trilha desenterra, como "Well Respected Man", dos Kinks.
A letra descreve de um jeito tão singelo a vida dos "homens respeitáveis" que vira um manifesto mais forte que seriam um bando de palavras de ordem. Claro que dá vontade de gritar e promover uma quebradeira toda vez que você ouve alguém defender a importância do feedback. Mas transformar esse jeito sem graça de viver em uma canção cheia de graça parece uma reação mais inteligente.
A letra descreve de um jeito tão singelo a vida dos "homens respeitáveis" que vira um manifesto mais forte que seriam um bando de palavras de ordem. Claro que dá vontade de gritar e promover uma quebradeira toda vez que você ouve alguém defender a importância do feedback. Mas transformar esse jeito sem graça de viver em uma canção cheia de graça parece uma reação mais inteligente.
Começa assim:
Cause he gets up in the morning,
And he goes to work at nine,
And he comes back home at five-thirty,
Gets the same train every time.
cause his world is built round punctuality,
It never fails.
E continua:
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Acceptable in the 90`s
Meus óculos de aro grosso e minha barriga proeminente por baixo de uma camisa listrada nunca pesaram tanto como enquanto eu ouvia o disco novo do Stephen Malkmus and the Jicks, chamado Real Emotional Trash. Malkmus, para quem não lembra, foi líder do Pavement, aquela banda que inventou que tocar guitarra desafinada vestido como um bancário era uma coisa legal. Sem o cheiro de novidade nem a expectativa de uma grande mudança de estilo, o disco é opressivo de tão indie-rock. E, droga, tenho que me contentar em ser uma pessoa muito previsível ao admitir que adoro isso.
A esquisitice calculada dos instrumentos e da voz é tão bem resolvida que às vezes você se esquece de achar esquisito e pensa em algo arrumadinho como rock progressivo. Claro que conta aí o deboche de Malkmus ao fazer músicas como nomes tipo "Dragonfly Pie" e faixas de 10 minutos. Parece provocação: "ei, eu posso contar a piada que eu quiser, mas mesmo assim você vai rir se eu falar daquele velho jeito desleixado que vai te fazer lembrar de quando você achava uma coisa incrível conhecer e entender essas piadas, seu indie velho". Maldito Malkmus.
A esquisitice calculada dos instrumentos e da voz é tão bem resolvida que às vezes você se esquece de achar esquisito e pensa em algo arrumadinho como rock progressivo. Claro que conta aí o deboche de Malkmus ao fazer músicas como nomes tipo "Dragonfly Pie" e faixas de 10 minutos. Parece provocação: "ei, eu posso contar a piada que eu quiser, mas mesmo assim você vai rir se eu falar daquele velho jeito desleixado que vai te fazer lembrar de quando você achava uma coisa incrível conhecer e entender essas piadas, seu indie velho". Maldito Malkmus.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Punk de agência
Essa imagenzinha aí embaixo é parte da programação de um evento de comunicação em que talvez eu seja visto (de qualquer forma, estarei com aqueles disfarces de óculos e bigode de plástico). Tipo, tranformaram o punk num "case", que horror.
- Depois do case de anúncio de celulares 3G via mensagens por bluetooth que te acham mesmo debaixo de uma piscina e se implantam no seu cérebro, vamos conhecer o case do punk-rock.
Mate-me. Por favor.
- Depois do case de anúncio de celulares 3G via mensagens por bluetooth que te acham mesmo debaixo de uma piscina e se implantam no seu cérebro, vamos conhecer o case do punk-rock.
Mate-me. Por favor.
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